quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Alvorada

Meu coração oprimido
sente junto a alvorada
a cinza dor de seus amores
e o sono das distâncias.

A luz da aurora leva
um leque azul de nostalgias,
e a tristeza sem olhos
e a medula da alma.

O túmulo da noite
seu negro véu levanta
para ocultar com o dia
a imensidão estrelada.

Que farei eu pelos campos
pegando ninhos e ramas?
cheio de luz com a aurora
e cheia de noite a alma!.

!Que farei eu sem teus olhos
mortos já as luzes claras
e não sentirá minha carne
o calor de tuas miradas!...

Porque te perdi por sempre
em aquela tarde clara
hoje meu peito esta seco
como uma estrela apagada.



Federico García Lorca
Traducción Gabriel Criscuolo

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