Canção de Outono
Eu sinto no coração
um vago tremor de estrelas,
mais minha rota se perde
na alma cinza da névoa
A luz me quebra as asas
e a dor da minha tristeza
vá molhando as lembranças
la na fonte das idéias.
Todas as rosas som brancas
tão brancas como minha pena,
e não são as rosas brancas
…ha nevado sobre elas...
Também sobre a alma neva.
A neve da alma tem
copos de beijos e encenas
que se afundaram nas sombras
e na luz de quem as pensa.
A neve cai das rosas...
mais a da alma fica
e a garra dos muitos anos
faz um sudário com elas.
Se derreterá a neve?
quando a morte nos leva?...
O depois haverá outra neve?
e outras rosas mais perfeitas?
Será que a paz e conosco?
como Cristo nos ensina?
O nunca será possível
a solução do problema?
E se o amor nos engana?
Que de a vida nos queda?
se o crepúsculo nos a funda
em a verdadeira ciência
do Bem que tal vez não exista,
e do Mal que ainda nos queda ?
Se a esperança se apaga
e a Babel se começa,
que luz iluminara
os caminhos desta Terra?
Si o azul e um engano
Que será da inocência?
Que será do coração?
se o amor não tem mais setas?
E si a morte e a morte,
que será então dos poetas?
e de as coisas dormidas
das quais já ninguém lembra?
! Oh sol de as esperanças!
! Água clara! ¡Lua nova!
!Corações de meninos!
!Almas duras... duras pedras!
Eu sinto no coração
um vago tremor de estrelas
e todas as rosas são
tam brancas como minha pena.
Federico García Lorca
Traducción: Gabriel Criscuolo
segunda-feira, 27 de julho de 2009
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